Em audiência pública realizada na Câmara Comunitária da Barra, no último dia 27, Demos mais um passo importante no projeto da Prefeitura de implantação do transporte aquaviário no Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá.
Em 2014, junto com o há época vereador Thiago K. Ribeiro, Caiado aprovou uma lei permitindo essa modalidade de transporte na região.
As obras para a criação do sistema podem ser iniciadas em 2024, com o lançamento do edital já no próximo mês de junho. O anúncio foi feito pelo secretário de Coordenação Governamental da Prefeitura do Rio, Jorge Arraes, durante a audiência.
Na proposta apresentada estão previstas 29 estações, com demanda estimada de 87 mil passageiros por dia. De acordo com o projeto, a maior demanda encontra-se de Rio das Pedras e Muzema em direção à Linha Amarela e à Estação Jardim Oceânico. As primeiras estações deverão ser instaladas no Jardim Oceânico, Gigoia Sul, Rio das Pedras, Mario de Almeida, Linha Amarela e Muzema. Até o quinto ano da concessão, todas deverão estar instaladas.
A estimativa de investimento é de R$ 125 milhões, sendo R$ 50,7 milhões para os terminais, R$ 54,5 milhões para as embarcações, entre outras ações. A Prefeitura deverá fazer nas próximas semanas apresentações do projeto à iniciativa privada, com a publicação do edital em junho deste ano.
O secretário Jorge Arraes destacou que a medida representará uma alternativa ao transporte viário da região, que está sobrecarregado. “As opções de transporte público são insuficientes, em função da alta densidade populacional”, ressaltou.
Um dos autores da lei, Caiado destacou alguns pontos-chave para a realização da concessão, como a questão do trânsito, a mobilidade urbana e o meio ambiente. “O maior problema é a mobilidade no bairro, e o transporte lagunar é muito mais rápido. A integração com os transportes de massa, com os modais, como o metrô e o BRT, é fundamental”, observou.
Caiado destacou também a importância de incluir os barqueiros que já atuam nas lagoas no processo de concessão do transporte. “Podemos pensar em um projeto de lei que possa regulamentar a atividade”, avaliou o parlamentar.
Participaram ainda da mesa o deputado estadual Claudio Caiado; o subprefeito da Barra, Recreio e Vargens, Rafael Lima; o capitão dos portos do Rio de Janeiro, Alessander Antunes Peixoto; o presidente da Câmara Comunitária da Barra, Delair Dumbrosck, e o diretor de Operações da Iguá Saneamento, Lucas Arrosti.