A imprensa de nossa Cidade voltou a abordar novo dano no calçadão da Praia da Macumba, em virtude das fortes ressacas que atingiram o litoral carioca na última semana.
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/flagrante-mostra-novo-desmoronamento-de-calcadao-da-praia-da-macumba-no-recreio.ghtml
Este é um assunto recorrente, e tem me preocupado bastante ao longo do meu mandato. Ainda em 2008, consegui aprovar a Lei n° 4.823, de 12 de maio de 2008, que obrigava a colocação de boias oceanográficas no litoral do Município. A medida nunca foi implantada de fato pela Prefeitura, que acaba órfã de informações vitais para a Cidade, como o tama
nho e a velocidade das ondulações que atingem nosso litoral, e que poderiam ajudar os órgãos públicos, como Corpo de Bombeiros ou a Defesa Civil, em ações de prevenção sobre estes eventos.
Além disso, acompanhei e fomentei a implantação dos chamados “fundos artificiais” em algumas praias do Município. O projeto, desenvolvido pela COPPE/UFRJ, previa as Praias da Macumba e de Copacabana como projetos-pilotos, mas também nunca foram implantados, o que provoca na Cidade um atraso enorme, quando olhamos que outras cidades costeiras já experimentaram o “fundo artificial”, como Sidney, na Austrália, Honolulu, no Hawaii, ou Los Angeles, na Califórnia.
Os “fundos artificiais” implantados em algumas praias destas Cidades ajudou a fomentar o surfe e outros esportes aquáticos, melhorando a forma das ondas, além de ampliar a fauna marinha junto a estas estruturas, já que os “fundos artificiais” também funcionam como “recifes artificias”, ajudando a procriação de vida marinha.
Entretanto, o benefício principal do projeto dos “fundos artificias” foi ajudar a diminuir a energia das ondas em período de ressacas, fazendo com que as ondas que atinjam a orla da Cidade não causem a destruição observada este fim de semana na Praia da Macumba.
Se já existisse um “fundo artificial” na Praia da Macumba, as ondulações encontrariam uma barreira no fundo oceânico, numa distância média de cerca de 1 Km de distância da costa, e começariam a “quebrar” de forma suave e contínua, ainda distante da praia, evitando que toda a energia da onda ficasse concentrada quando de sua chegada na areia. Dessa forma, a energia da onda não provocaria o estrago que tem causado no calçadão, como se tem visto nas últimas ressacas na Cidade.
O projeto do “fundo artificial” está pronto há bastante tempo nas Universidades cariocas. Basta entretanto, vontade política de fazê-lo.
Vereador Carlo Caiado