Em reunião realizada na sexta-feira, dia 13/04, na Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA, órgão colegiado que dá a licença ambiental para obras de grande porte no Estado do Rio de Janeiro, concedeu a licença prévia para o início das obras da linha 4 do metrô, no trecho sul, entre a Praça General Osório, em Ipanema e a Gávea.
A permissão, que foi concedida com aprovação unânime dos 12 conselheiros da entidade não atende aos anseios de técnicos, engenheiros e de movimentos como “O Metrô que o Rio precisa” e da “Frente Parlamentar em defesa da Linha 4”, da qual o vereador Carlo Caiado é presidente. Todos vêm lutando, ao longo dos últimos meses, pelo projeto original da linha.
O licenciamento do atual projeto do metrô proporciona a concretização de situações absurdas como:
– construção de estações nas praças Nossa Senhora da Paz, em Ipanema e Antero de Quental, no Leblon, com o corte de diversas árvores.
– extensão da linha 1, ocasionando um “linhão”, que certamente ficará superlotado.
– As estações General Osório e Cantagalo vão ficar fechadas por cerca de um ano para as obras.
– Dinheiro público será desperdiçado, pois será preciso construir uma nova estação na praça General Osório, apesar da atual ter sido inaugurada por esse mesmo Governo do Estado menos de três anos atrás, em dezembro de 2009.
Desta forma, o vereador Caiado está batalhando pela preservação das praças por meio de dois projetos de lei tombando ambas. O da praça Nossa Senhora da Paz foi aprovado na Câmara e vetado pelo prefeito. O movimento agora é para que o veto seja derrubado. O outro ainda está em tramitação.
Quanto à licença da CECA, vale ressaltar uma vitória. Após amplo movimento realizado no ano passado pela construção da estação Gávea, o parecer da comissão solicitou que esta estação seja construída em dois níveis, permitindo uma futura ampliação do metrô em direção à Botafogo, no trajeto que futuramente passará também por Jardim Botânico e Humaitá, e uma outra opção de ampliação em direção a Tijuca, via estação Uruguai.
O movimento pelo projeto original da linha 4 do metrô continua, visto que ainda há uma Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual em 2ª instância correndo na 4ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Rio, e há a possibilidade de ingresso dos parlamentares e do Movimento “O Metrô Linha 4 que o Rio precisa” em uma Ação Civil Pública no Ministério Público Federal, já que o financiamento deste trecho é com recursos federais.
“Minha intenção é a de que o metrô seja expandido, atendendo, cada vez mais, um número maior de pessoas. Entretanto, queremos um transporte de qualidade, com bons serviços prestados aos usuários” – afirmou o vereador.