Prefeitura irá mesmo demolir o Velódromo
Depois de muita indefinição, o velódromo municipal, construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007 a um custo de R$ 14 milhões para a Prefeitura do Rio e o Ministério do Esporte, será mesmo desmontado.
Na época da construção do equipamento, o Vereador Carlo Caiado iniciou um intenso trabalho para que o velódromo fosse construído como uma estrutura definitiva, e não provisória, como se cogitou inicialmente. “À época, mobilizamos a Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, desportistas e técnicos em estruturas, e pressionamos os setores públicos envolvidos na preparação da cidade para os Jogos Pan-Americanos. Na ocasião, inclusive, apresentei um Projeto de Lei para que este equipamento fosse definitivo, tornando-o mais um legado do Pan para a cidade”, ressaltou Caiado.
A decisão do atual Prefeito em construir um novo se baseou após análise de custo/benefício de reformar ou construir um novo circuito. O Prefeito alegou ainda, que um parecer da União Ciclística Internacional (UCI) relata falhas de projeto que impediriam a homologação da pista para os Jogos Olímpicos sem a realização de uma reforma complexa. Segundo o governo, a reforma da pista atual sairia por R$ 126 milhões, enquanto a construção de um novo custaria cerca de R$ 134 milhões à cidade.
Segundo a presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Sílvia Bastos, o plano da Prefeitura é doar o atual velódromo para equipar o Parque das Bicicletas, um complexo esportivo mantido pela prefeitura de Goiânia (GO).
Indignado com tamanho desdém, o Vereador Carlo Caiado encaminhou no fim de dezembro passado um ofício ao Prefeito, apelando – diante da decisão de se realmente construir um novo equipamento – para que o antigo velódromo fosse mantido e preservado, e não sendo possível evitar seu desmonte, que o mesmo fosse reconstruído na Zona Oeste, ou num município vizinho ao Rio de Janeiro.
Para Caiado, milhares de desportistas que o utilizam diariamente para treinamento serão imensamente prejudicados com esta decisão.
Elevado do Joá
Mais uma vez a população da cidade foi alertada pelos riscos estruturais que ameaçam o Elevado das Bandeiras, também conhecido como Elevado do Joá, e parte integrante da Autoestrada Lagoa-Barra.
Dessa vez, o alerta consta no estudo apresentado pela COPPETEC, e solicitado pela Prefeitura do Rio.
Ainda em 2009, o Vereador Carlo Caiado já havia apresentado um Requerimento de Informações indagando sobre o estado estrutural do equipamento. Na época, a Secretaria Municipal de Obras respondeu que o Elevado estava em obras no pilar 23 (o mais comprometido de todos, assentado no mar), e que um estudo da COPPETEC estava em curso para avaliação da integridade da estrutura e de sua segurança.
Foi esse estudo, agora concluído, que apontou para a necessidade de recuperação do Elevado, detalhando sua fadiga estrutural e apontando as ações imediatas a serem tomadas por parte da Prefeitura.
Caiado, não satisfeito com o posicionamento da Prefeitura encaminhou, no início desse mês, novo Requerimento, em que solicita a cópia do estudo da COPPETEC, além do detalhamento de toda a intervenção física que será aplicada no Elevado, para sua reforma estrutural.
“Os possíveis danos que uma interdição total ou mesmo parcial do Elevado possam causar à cidade como um todo, sobretudo, na ligação entre a Barra e a Zona Sul, são motivos de grandes preocupações. Mas do jeito que está não pode continuar. Precisamos de uma solução imediata para o problema”, disse Caiado.
Praça Nossa Senhora da Paz
A vontade da maioria dos moradores de Ipanema foi desrespeitada mais uma vez. Apesar do Projeto de Segurança de Ipanema – PSI Ipanema – ter conseguido na Justiça, que as obras de construção do metrô na Praça Nossa Senhora da Paz não promovesse o corte ou derrubada de nenhuma árvore na praça enquanto não houvesse a conclusão de uma perícia judicial, o que está acontecendo no momento é exatamente o inverso.
De acordo com o vereador Carlo Caiado, o Governo do Estado ao iniciar as obras do metrô na Zona Sul, não tem respeitado essa decisão, que foi inclusive proferida em despacho pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Desembargador Manuel Alberto Rebêlo dos Santos.
As árvores não poderiam ser mexidas, derrubadas ou mesmo transplantadas, enquanto o laudo pericial, determinado pelo Desembargador, fosse concluído. O estrago que está sendo cometido na cobertura vegetal da Praça Nossa Senhora da Paz pode ser irreversível, como demonstra as fotos enviadas por moradores do entorno.
O metrô é importante para a Cidade, e a nova linha para a Barra terá impacto muito positivo sobre o trânsito da região, além de melhorar a acessibilidade e a qualidade de vida da população. “Mas promover a construção deste equipamento, sem respeito ao desejo de grande parte dos moradores, e sem repeito a uma decisão judicial, é uma ação muito grave por parte do Governo do Estado. Conseguimos aprovar na Câmara Municipal o Projeto de Lei que tomba a praça Nossa Senhora da Paz, porém o veto do Prefeito traz agora, consequências que poderiam ser evitadas”, enfatizou Caiado.
Enchentes / Saneamento
O Vereador Carlo Caiado está muito preocupado com as enchentes que castigam cada vez mais a Zona Oeste, sobretudo, a região de Guaratiba.
Caiado recebeu várias denúncias e fotos da região, mostrando os estragos que as chuvas têm provocado, como na localidade vizinha ao canal do Alto Maranhão, que por várias vezes transbordou nesse verão.
A região de Pedra de Guaratiba também ficou completamente alagada devido às fortes chuvas. O canal da entrada da Praia da Brisa transbordou e alagou inúmeras casas nos becos ao longo da Estrada do Piaí.
As chuvas não pouparam nem equipamentos públicos, pois a Clínica da Família, na Estrada da Pedra, ao lado do Brizolão, teve que fechar devido ao alagamento. Para Caiado, a Prefeitura tem grande responsabilidade sobre as consequências que a população tem passado. Como presidente da Comissão de Saneamento da Câmara Municipal, o parlamentar tem acompanhado o Programa de Saneamento da Zona Oeste. Caiado tem criticado, em plenário, as ações da Prefeitura na região, que privatizou a implantação da rede de saneamento na Área de Planejamento 5 (a Zona Oeste da Cidade), e não tem promovido a dragagem e a limpeza dos canais e rios da região, sobretudo em Guaratiba. Como esta área não tem sido atendida na velocidade necessária, visto que há ausência de uma rede de esgotos nos bairros da Zona Oeste, parte deste esgoto está sendo despejado em rios e córregos, agravando o problema de assoreamento e consequentemente, trazendo impactos nestes bairros nos períodos de chuva.
