A Comissão Especial que acompanha a municipalização do Hospital Pedro II na Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou no dia 26 de agosto, sexta-feira, às 11h30, uma vistoria à unidade de saúde, no bairro de Santa Cruz. Os vereadores visitaram parte das instalações e assistiram a duas apresentações do projeto de reformulação do hospital: uma em vídeo e outra em Power Point, com a especificação das novas instalações, por cada andar.
Participaram do encontro o presidente da Comissão, vereador Carlo Caiado; o relator, vereador Dr. Gilberto e os membros vereadores Elton Babu e Dr. João Ricardo. Também estiveram presidente o presidente da RioUrbe, Marco Antônio Souza de Almeida; o gerente de Engenharia e Arquitetura da RioUrbe, Leonardo Braga; o sub-secretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, João Luiz Ferreira Costa; o subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção de Saúde, Daniel Soranz; o gerente de fiscalização do Cremerj, Pedro Paulo Prado e a deputada estadual Lucinha, além de demais integrantes do corpo técnico da RioUrbe e da Secretaria Municipal de Saúde.
O vereador Carlo Caiado questionou sobre a possibilidade de a obra, prevista para ser finalizada em maio de 2012, ser entregue antes do prazo, visto que o fechamento do hospital tem prejudicado o atendimento aos moradores da região e causado a superlotação de outras unidades próximas. Em resposta, o presidente da RioUrbe, Marco Antônio Souza de Almeida disse que a intenção é entregar o Pedro II totalmente reformulado no fim de dezembro deste ano. Segundo ele, há, atualmente, 650 operários trabalhando em turno integral.
Caiado também perguntou sobre o corpo de funcionários do hospital e mostrou-se preocupado com a possibilidade de a Prefeitura adotar as Organizações Sociais – OS´s para a gestão do mesmo. Mas, o sub-secretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, João Luiz Ferreira Costa garantiu que as OS´s não serão utilizadas. Caiado disse então que irá encaminhar uma sugestão ao Executivo para que se faça um concurso público destinado especificamente a compor o quadro clínico do Pedro II.
Ao ser informado sobre a instalação de placas solares no teto do hospital para a obtenção de energia natural, em substituição ao heliponto, o vereador Dr. Gilberto fez uma crítica ao projeto apresentado. Segundo ele, não há como a unidade se modernizar sem um heliponto para o transporte de órgãos e para que, futuramente, o hospital possa realizar transplantes. Em resposta, o presidente da RioUrbe disse que a instalação de um heliponto não foi descartada e que terrenos próximos estão sendo avaliados.
Sobre o Hospital Pedro II:
A unidade de saúde teve suas atividades completamente interrompidas em outubro de 2010, por conta de um incêndio. No mês de novembro, o Governo do Estado e a Prefeitura anunciaram um contrato em que a gestão do hospital foi passada para a esfera municipal. As obras vão custar R$80,6 milhões e devem ser finalizadas em maio de 2012.
No acordo firmado ficou definido que o Estado repassaria ao Município R$ 50 milhões no primeiro ano e R$40 milhões por ano, a serem utilizados no custeio das obras e na gestão do hospital. Segundo a Prefeitura, o hospital, após a reformulação, deverá contar com sete salas de centro cirúrgico, 70 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo e Unidade Intermediária, e um Centro de Tratamento de Queimados, com 17 leitos e duas salas de cirurgia. O projeto prevê ainda 198 leitos para internação, nove consultórios para urgência e emergência, cinco salas para parto normal e duas para parto cirúrgico.
Na época de seu fechamento, o Hospital Pedro II contava com 264 leitos, 16 leitos de UTI neonatal, sete leitos de UTI adulto, um tomógrafo e atendimento de urgência e ambulatorial. Já a maternidade liderava o número de atendimentos entre as demais unidades da rede pública, com 500 partos por mês.
Sobre o quadro de servidores, a secretaria de Saúde diz que o mesmo ainda se encontra indefinido e só irá se confirmar quando o quantitativo de leitos for fechado. O perfil de urgência e emergência será mantido.