A Câmara Municipal do Rio, através da Frente Parlamentar em Defesa do Novo Autódromo, realizou nesta quarta-feira 12/08, Debate Público, com a participação de representantes das diversas esferas governamentais, instituições ligadas à área de automobilismo e população, para discutir a construção do Novo Autódromo Internacional do Rio de Janeiro.
Durante o debate, foi unanimidade a escolha do terreno de Deodoro, na Zona Oeste, para receber o autódromo. Segundo informações do relatório encaminhado pelo Exército ao Ministério dos Esportes, lido pelo Vereador Carlo Caiado, o terreno está descontaminado dos artefatos explosivos, que estavam espalhados no local por uma explosão ocorrida em 1958, em um depósito de munição. Ainda segundo o relatório, a unidade militar, seguiu o padrão de segurança da ONU para efetuar a limpeza do terreno.
Representando o Ministério dos Esportes, o Diretor de Infraestrutura Denner Zacchi, fez uma explanação sobre o posicionamento do órgão e a atual situação do processo para a construção do novo autódromo. Denner informou que o projeto do está suspenso por causa de decisão judicial (liminar da juíza Simone Lopes da Costa), que questiona as licenças ambientais. Atualmente o processo corre na Justiça Federal e o Juiz do processo Ricardo Coimbra da Silva nomeou um perito para analisar a área e após parecer técnico, emitir uma decisão no pedido de liminar impetrada pelos advogados Geral da União, solicitando a liberação para início das obras. O diretor de Infraestrutura destacou ainda, que existe dotação orçamentária no valor R$ 200 milhões, reservadas para a construção do equipamento, aguardando apenas a decisão da Justiça.
Já o presidente da Comissão Especial do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Maurício Cezar Couto Júnior, o INEA realizou todos os estudos necessários para a concessão das licenças ambientais necessárias para a construção.
O Vereador Carlo Caiado, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Autódromo, abriu a audiência fazendo um resumo da situação de uma camada da população que ficou sem emprego e sem local para as atividades de automobilismo. “Lamentavelmente uma esfera camada da sociedade está órfão de um autódromo. Não é preciso nem elencar em números o quanto o Município do Rio de Janeiro está perdendo deixando de abrigar um equipamento deste porte. Estamos deixando de gerar de empregos e fomentar a economia, tendo em vista, que atraindo investimentos para a cidade, teremos o pagamento de tributos, que se bem investidos pelo governo, serão aplicados em saúde, educação e segurança”, destacou Caiado.
Ao final do debate, Caiado destacou os próximos passos da Frente Parlamentar, que seria reuniões com a Secretaria Estadual de Esporte, com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, com o Procurador Geral da República, bem como com juiz responsável pelo processo.
Participaram ainda da mesa de debates, o presidente da Confederação de Automobilismo do Rio de Janeiro, Djalma Neves; representando as instituições ligadas ao automobilismo, José Campiti; Neusa Navarro (presidente da Fórmula Truck) e o Vereador Ivanir de Melo. Aproximadamente cem pessoas participaram do evento.
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